Há cerca duns 3 ou 4 anos, penso, fui a um bruxo, mais propriamente um cartomante,
daqueles que lêem o destino pelas cartas.
O conselho veio da minha incondicional amiga lolita que também já lá tinha ido e achou que eu devia tentar compreender o rumo algo desastrado da minha vida, particularmente no plano sentimental
Lá marquei a consulta para falar com o vidente das cartas e enfim, participei nesse sacrilégio pelas melhores intenções.
Falámos dos desentendimentos conjugais, continuamente por anos. Muitos. Eu e a minha cônjuge.
Da ausência de confiança, de respeito, de solidariedade, de amor e de compreensão. Do descrédito, da desvalorização, do escárnio, da humilhação.
Também falámos de como isto podia durar eternamente, visto eu, e ela provavelmente, nos termos acomodado e nos tornarmos resistentes à dor emocional.
Perguntou-me se outro alguém tinha dado alento as minhas emoções ao longo desse tempo. Falei-lhe dum caso passageiro que ocorreu mas que não tinha futuro. Foi apenas fruto das circunstancias.
Falei-lhe duma pessoa por quem nutri um sentimento especial, claro que nunca passou dum pensamento, ainda que durante vários anos.
Outras paixonetas omiti, umas por vergonha, outras por algum juízo repentino, mas que acho, foram devaneios.
Enfim, a conversa alongou-se e ele lá foi virando cartas. Confirmou que o meu casamento se resumia a um caso de amizade, ou talvez de obrigação, que podia durar anos, mas que amor mesmo, esse não existia.
É sempre um choque ouvir isto vindo dum estranho.
Voltou a perguntar-me dessa pessoa que eu julguei ter amado ao que lhe respondi já nada haver, que aliás nunca houvera mas que agora de certeza a chama se tinha extinguido.
Contudo nas cartas, e eu até acredito em coisas inexplicáveis, lá aparecia ela, a tal pessoa.
Ela insistiu em falar dela. Claro que nunca guardei rancor do sentimento ter esmorecido, apenas achei que aquilo era uma quimera, um sonho irreal.
Disse-me que eu devia acreditar nesse sonho, disse-me mais até, disse-me que essa pessoa, a Kleopatra assim nestes modos : Basílio , ligue-lhe, convide-a, dê-lhe um sinal. Sabe, a Klepsidra é o numero que você calça. Enfim, duvidei e não lhe liguei, nem escrevi, nem convidei, nem nada.
O tempo passa. O mundo gira e gira. Anos passam. A Klaipédia permanece linda. A sua vida mudou um pouco.
E tudo isto porquê e agora?
daqueles que lêem o destino pelas cartas.
O conselho veio da minha incondicional amiga lolita que também já lá tinha ido e achou que eu devia tentar compreender o rumo algo desastrado da minha vida, particularmente no plano sentimental
Lá marquei a consulta para falar com o vidente das cartas e enfim, participei nesse sacrilégio pelas melhores intenções.
Falámos dos desentendimentos conjugais, continuamente por anos. Muitos. Eu e a minha cônjuge.
Da ausência de confiança, de respeito, de solidariedade, de amor e de compreensão. Do descrédito, da desvalorização, do escárnio, da humilhação.
Também falámos de como isto podia durar eternamente, visto eu, e ela provavelmente, nos termos acomodado e nos tornarmos resistentes à dor emocional.
Perguntou-me se outro alguém tinha dado alento as minhas emoções ao longo desse tempo. Falei-lhe dum caso passageiro que ocorreu mas que não tinha futuro. Foi apenas fruto das circunstancias.
Falei-lhe duma pessoa por quem nutri um sentimento especial, claro que nunca passou dum pensamento, ainda que durante vários anos.
Outras paixonetas omiti, umas por vergonha, outras por algum juízo repentino, mas que acho, foram devaneios.
Enfim, a conversa alongou-se e ele lá foi virando cartas. Confirmou que o meu casamento se resumia a um caso de amizade, ou talvez de obrigação, que podia durar anos, mas que amor mesmo, esse não existia.
É sempre um choque ouvir isto vindo dum estranho.
Voltou a perguntar-me dessa pessoa que eu julguei ter amado ao que lhe respondi já nada haver, que aliás nunca houvera mas que agora de certeza a chama se tinha extinguido.
Contudo nas cartas, e eu até acredito em coisas inexplicáveis, lá aparecia ela, a tal pessoa.
Ela insistiu em falar dela. Claro que nunca guardei rancor do sentimento ter esmorecido, apenas achei que aquilo era uma quimera, um sonho irreal.
Disse-me que eu devia acreditar nesse sonho, disse-me mais até, disse-me que essa pessoa, a Kleopatra assim nestes modos : Basílio , ligue-lhe, convide-a, dê-lhe um sinal. Sabe, a Klepsidra é o numero que você calça. Enfim, duvidei e não lhe liguei, nem escrevi, nem convidei, nem nada.
O tempo passa. O mundo gira e gira. Anos passam. A Klaipédia permanece linda. A sua vida mudou um pouco.
E tudo isto porquê e agora?
Sem comentários:
Enviar um comentário